Depois de seis meses de procura, foi avistado o gato-mourisco (puma yagouaroundi) solto na natureza por técnicos do Setor de Fauna da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) em 25 de abril deste ano, após ter recebido cuidados médicos. O animal havia sido resgatado ao ser encontrado às margens da BR 290, no município de Pantano Grande, na região de Depressão Central do Estado, provavelmente vítima de atropelamento.

Conforme o biólogo Felipe Peters, coordenador  do projeto que está realizando o rastreamento do gato-mourisco, há indícios de que o bicho venha se alimentando bem, pois as imagens mostram ganho significativo de massa corporal em comparação à condição verificada nos primeiros dias de soltura. Segundo o especialista, o único fator preocupante é que o animal não assimilou o perigo, já que continua vivendo nas proximidades da rodovia.

Técnicos da equipe que realizam o monitoramento ambiental da rodovia BR 290 e que estão acompanhando a reabilitação do mourisco após sua soltura em vida livre, relatam que o atropelamento de animais silvestres é frequente e que representa uma grande ameaça a conservação das espécies.

A bióloga do Setor de Fauna da Sema Isabel Salgueiro Lermen, explica que as armadilhas fotográficas são ferramentas fundamentais no monitoramento de animais, pois a movimentação e a área de vida ocupada pelo animal, além de outros aspectos da biologia do indivíduo são de extrema importância para qualificar as atividades de soltura a serem realizadas.

o gato-mourisco é uma espécie de gato geneticamente próxima ao puma (puma concolor) e encontra-se na lista de espécies ameaçadas do Estado como vulnerável.