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Governo discute avanços no hidrogênio verde e consultoria japonesa apresenta evolução do MasterPlan

No evento também ocorreu a entrega de licença para primeira fábrica de hidrogênio verde do RS

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Representantes da Sema, Casa Civil e Consultoria ERM respondem perguntas dos participantes da reunião
Governo discute avanços no hidrogênio verde e consultoria japonesa apresenta evolução do MasterPlan - Foto: Igor Almeida / Ascom Sema

A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em parceria com a Casa Civil e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), promoveu, na manhã desta quarta-feira (5/6), uma reunião do Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (Copergs), no âmbito do subcomitê de Bioenergias.

O encontro, que contou com a presença da consultoria japonesa ERM, teve como foco discutir os avanços na agenda do hidrogênio verde (H2V) e a evolução do MasterPlan, uma cooperação com o Japão voltada ao desenvolvimento do setor energético no Estado.

A secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, realizou a abertura da reunião. “A pauta do Hidrogênio Verde é de nível mundial e, por isso, o Rio Grande do Sul tem concretizado parcerias e estudos por meio de consultorias, empresas e países que buscam essa inovação de forma mais célere possível”. Na ocasião foram apresentados os detalhes da estratégia de descarbonização lançada pelo governo gaúcho na última segunda-feira (2/6). 

Marjorie também apresentou a evolução do Programa H2V-RS, que visa o desenvolvimento da cadeia de Hidrogênio Verde no Estado, e destacou uma das principais ações dessa série de iniciativas: o edital anunciado pelo governador Eduardo Leite no valor de R$ 102,4 milhões. A iniciativa, realizada em parceria com o Badesul, tem como objetivo atrair indústrias e projetos voltados à cadeia produtiva de hidrogênio verde, além de propor e implementar políticas públicas para o desenvolvimento do setor no Estado.

O sócio da consultoria ERM em Tóquio, Hiroshi Tomita, apresentou os avanços no desenvolvimento do MasterPlan de Hidrogênio Verde voltado ao Rio Grande do Sul. Segundo ele, nos últimos meses foram realizados estudos para mapear as necessidades do Estado e identificar seu potencial na produção da fonte energética. “Saímos da fase do sonho e vamos para a implementação. Já temos os números, os riscos e todos os elementos necessários para dar o próximo passo”, afirmou.

Hiroshi Tomita,sócio da consultoria ERM, em pé, com slide de apresentação ao fundo.
O sócio da consultoria ERM em Tóquio, Hiroshi Tomita, apresentou os avanços no desenvolvimento do MasterPlan de Hidrogênio Verde - Foto: Igor Almeida / Ascom Sema

Durante a apresentação, Tomita também abordou o panorama internacional do mercado de hidrogênio verde. Ele ressaltou que os esforços globais têm se concentrado em soluções que priorizam a produção e o consumo locais, devido à complexidade do transporte desse tipo de energia. A proposta, segundo o especialista, está alinhada com os objetivos do governo do Estado. “Queremos mostrar o potencial que o Brasil e o Estado têm, e ver onde essas tecnologias e conhecimentos podem encaixar. Estamos conversando com empresas japonesas, inclusive privadas. No fim da fase de estudo, esperamos ter alguns candidatos para que possamos avançar com os projetos”, concluiu.

Paulo Pereira, secretário-executivo da Casa Civil, reforçou que os projetos que estão maduros hoje são aqueles voltados à produção e consumo locais, estando alinhados aos estudos japoneses.

Planta de hidrogênio verde

Na mesma reunião, a Fepam, órgão licenciador vinculado à Sema, entregou a primeira licença ambiental para a produção de amônia (NH3) a partir de hidrogênio verde (H2V) no RS. A Licença Prévia (LP) foi recebida pela empresa Begreen Bioenergia e Fertilizantes Sustentáveis Ltda, para a implantação de uma nova unidade industrial no município de Passo Fundo, região norte do Rio Grande do Sul.

Representantes da Fepam, da Sema e da empresa Begreen em pé, recebendo o documento da licença ambiental.
Entrega da primeira licença ambiental para a produção de amônia (NH3) da empresa Begreen - Foto: Igor Almeida / Ascom Sema

 O empreendimento terá capacidade produtiva mensal estimada de até 181,8 toneladas de amônia e até 225,4 toneladas de hidróxido de amônio. Com área total de 20 mil m² e construção prevista de 1.350 m². O processo de licenciamento foi conduzido com atenção técnica à legislação ambiental vigente e diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

De acordo com o presidente da fundação, Renato Chagas, a implantação da fábrica representa um avanço importante para a produção de insumos sustentáveis no Rio Grande do Sul, contribuindo para a redução da dependência externa desses materiais estratégicos para a agricultura gaúcha. O presidente ressaltou, ainda, que a iniciativa reforça o compromisso com a transição energética e o uso eficiente de recursos naturais, promovendo o desenvolvimento industrial aliado à conservação ambiental.

O que é o MasterPlan

Um plano completo com orientações para efetivação do programa de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul, fruto da missão internacional à Ásia, liderada pelo governador Eduardo Leite em novembro de 2024. Chamado de “MasterPlan”, o estudo será produzido pela consultoria ERM Japan - especializada em gestão de recursos ambientais - por meio de financiamento concedido pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria (Meti) do Japão. O MasterPlan conterá um mapeamento das oportunidades que devem surgir na sequência da implantação do programa de hidrogênio verde no RS.

Texto: Tamires Tuliszewski e Cassiano Cavalheiro / Ascom Sema

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