Em São Paulo, secretária Marjorie apresenta as estratégias para a desarbonização e as potencialidades do Estado em energia limpa
Evento promovido pela Invest RS e a AYA Earth Partners posiciona o Estado como destino seguro e competitivo para investimentos
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As estratégias para a descarbonização do Rio Grande do Sul e o potencial em energias renováveis para promover a transição energética foram os temas centrais da palestra da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, nesta sexta-feira (22/8), em São Paulo. O evento “Economia de baixo carbono e energias renováveis”, uma parceria entre a Invest RS e a AYA Earth Partners – maior ecossistema de negócios de baixo carbono do Brasil –, reuniu mais de cem lideranças públicas e privadas com o objetivo de conectar investidores às oportunidades no setor.
Em sua palestra, que foi acompanhada pelo governador Eduardo Leite, a secretária apresentou os projetos para a descarbonização do RS, com o objetivo de promover o uso de energias renováveis e a transição energética. Marjorie também apresentou a capacidade de conexão e escoamento de energia elétrica do Estado, com 11 mil km de linhas de transmissão instaladas e 3 mil km em projetos, promovendo a competitividade e a atração de novos investimentos.
Outra iniciativa apresentada foi o fomento à cadeia produtiva de hidrogênio verde. A Chamada Pública N° 01/2025 está em fase de seleção dos projetos que receberão a subvenção de até R$ 30 milhões.
"Esse edital selecionou empresas que já tiveram a etapa de desenvolvimento e pesquisa realizada e que estão prontas para produzir. Esse hidrogênio precisa, necessariamente, ser produzido no Rio Grande do Sul e ser usado para descarbonizar as cadeias produtivas no Rio Grande do Sul", pontuou Marjorie.
No setor de energias renováveis, o RS possui a 4ª maior produção de energia solar e a 5ª maior de energia eólica do Brasil. Em sua fala, o governador enfatizou a conexão estratégica entre a forte base agroindustrial do Estado e a produção de biocombustíveis, como biodiesel e etanol de trigo, para os quais o governo oferece incentivos tributários.
"Além de termos fonte de energia renovável robusta, nós temos uma demanda interna de produção de fertilizantes, os próprios biocombustíveis e outros, que dão a capacidade de sustentar esta produção", disse, diferenciando a estratégia gaúcha, focada no mercado interno, da de outros estados voltados para a exportação.
O governador destacou que o potencial do hidrogênio verde vai além da descarbonização e representa uma alavanca para o crescimento econômico do Estado. Estudos encomendados pelo governo, incluindo as análises da McKinsey, projetam que a implantação plena da cadeia de hidrogênio verde tem o potencial de adicionar quase R$ 50 bilhões ao PIB gaúcho até 2040, impulsionando setores desde a geração de energia renovável até a produção de fertilizantes verdes e combustíveis sustentáveis.
“O Rio Grande do Sul está assumindo um papel de protagonismo na transição energética, mostrando ao Brasil e ao mundo que temos as condições ideais para receber e impulsionar investimentos. O trabalho da Invest RS é transformar ideias, intenções e oportunidades em projetos concretos, conectando investidores e fortalecendo a imagem do Estado como referência em energia limpa”, garantiu o presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki.
O evento seguiu com painéis que discutiram o futuro da energia eólica e os biocombustíveis, consolidando a missão do Aya Hub de conectar diferentes saberes e atores para acelerar a descarbonização da economia.
Sobre o Aya Hub
O Aya Hub é o primeiro centro de economia verde do Brasil, parte do ecossistema da AYA Earth Partners. Seu objetivo é funcionar como um ponto de conexão fundamental para empresas, investidores, especialistas e poder público comprometidos com a jornada de descarbonização. Ao oferecer um espaço para mentorias, conteúdos especializados e networking pautados em conhecimentos ancestral, científico, acadêmico e tecnológico, o hub se posiciona como uma peça-chave para fomentar negócios e parcerias que visam acelerar a transição para uma economia de baixo carbono no país, alinhando prosperidade econômica com benefícios para as pessoas e a natureza.
_Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema e Carlos Ismael Moreira/Secom