Sema recebe autoridades ambientais para tratar sobre situação de gambá apreendido em Montenegro
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A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) recebeu, nesta terça-feira (20/6), integrantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) e da Polícia Civil (PC), para tratar sobre a situação do gambá Emílio, apreendido pelo CABM no último dia 6 de junho em uma residência em Montenegro.
“A intenção foi reunir todas as autoridades ambientais envolvidas nessa apreensão e esclarecer dúvidas sobre a legislação que trata sobre a destinação de animais silvestres apreendidos de locais sem licença”, esclareceu a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann.
Durante a reunião, a analista ambiental do Ibama, Fernanda de Azevedo Liborio, veterinária responsável pelo tratamento do gambá Emílio no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) em Porto Alegre, garantiu que o animal está recebendo o tratamento necessário para a sua recuperação.
Sobre o estado de saúde do gambá, os exames radiográficos e de sangue, feitos antes de sua chegada no Ibama, apontaram lesões nos ossos das patas traseiras, hérnia de disco, alteração renal, aumento do fígado e alteração pulmonar. O tratamento, em andamento, inclui medicamentos, alimentação adequada, fisioterapia e acupuntura.
Ainda segundo o Ibama, essas lesões foram causadas, provavelmente, por causa das condições inadequadas em que o animal devia ser mantido e, devido a elas, o gambá, que tem menos de dois anos, precisará de fisioterapia semanal pelo resto da vida, que pode chegar a cinco anos em cativeiro.
Segundo Fernanda, “negar a assistência veterinária a um animal que esteja com dor pode ser considerado maus tratos e o gambá em questão se encontrava nessa situação no momento de sua chegada ao CETAS”.
De acordo com o tenente-coronel Rodrigo dos Santos, do CABM, com as evidências apresentadas no momento da apreensão, realizada após denúncia anônima, foi possível concluir que ocorreu crime contra a fauna, por manter espécime silvestre em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. Um Termo Circunstanciado foi assinado pela autora do fato no momento da apreensão.
A delegada Samieh Saleh, da Delegacia de Meio Ambiente da PC, informou que há um inquérito instaurado para investigar situação de maus tratos.
Atualmente o animal encontra-se sob tutela do Ibama e sua destinação será decidida pelo órgão federal após a observação da evolução do tratamento do animal.
Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema