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Sema alerta para poluição do ar no Dia Mundial sem Carro

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Nesta quinta-feira (22) é comemorado no Brasil e em outros países do mundo, o Dia Mundial Sem Carro. A data foi criada na França, em 1997, com o objetivo de conscientizar a população sobre o uso excessivo do automóvel e os problemas que isso causa ao meio ambiente, como o efeito estufa, os problemas que o C02 traz para a camada de ozônio, além da poluição sonora, irritabilidade e acidentes.

Para comemorar a data a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) alerta a população gaúcha sobre a poluição do ar causada pelos veículos.
No RS, conforme relatório do Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV), a frota circulante é de aproximadamente 4,6 milhões de veículos, sendo que destes, quase 2,9 milhões automóveis; 930 mil motocicletas; mais de 221 mil caminhões e o restante dividido entre camionetes, caminhonetas, ônibus e microônibus, com um crescimento médio de frota na última década de quase 6%. A capital, por sua vez, totaliza mais de 700 mil veículos, com uma frota de automóveis que ultrapassa 500 mil unidades e as motocicletas quase atingindo a marca de 80 mil.
De acordo com a engenheira Sabrina Feltes, da Fepam, em relação a poluição emitida pelos veículos, cada tipo de combustível tem suas emissões respectivas e o número de veículos influenciará na predominância das emissões: por exemplo, os movidos a gasolina têm as maiores quantidades das emissões de CO, os veículos diesel têm predominância de emissões de NOx e MP. Além destes, há a formação de ozônio troposférico (uma reação secundária que não sai diretamente do cano de descarga), considerado o principal poluente em uma escala de toxicidade internacional e os aldeídos (RCHO) da combustão do etanol.
Segundo Sabrina, a poluição do ar é causadora de inúmeras doenças respiratórias. "Os levantamentos de dados dos últimos cinco anos pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS demonstraram diferentes cenários sobre os números de internações por faringite, amigdalite, laringite, traqueíte aguda, pneumonia, bronquite e bronquiolite aguda e custos elevados que estas internações acarretam aos cofres do Estado. Além das doenças cardíacas e cancerígenas que a exposição aos poluentes pode originar".
Diminuição da Poluição
A engenheira explica que diminuir a poluição do ar passa pela conscientização do cidadão. "É preciso o uso consciente do veículo. Pequenas distâncias e situações que sejam possíveis dispensar o uso do transporte individual já se torna um grande auxílio ao ambiente. Todavia, uma manutenção adequada também é imprescindível. Para se ter idéia, até a calibração inadequada dos pneus influencia no consumo de combustível e, consequentemente, nas emissões de poluentes, que são frutos da combustão incompleta dos combustíveis. Logo, como não há combustão perfeita, sempre haverá emissão, mas quanto mais desregulado estiverem às condições mecânicas do veículo, mais incompleta será esta combustão e maiores as quantidades de produtos indesejados, ou seja, mais poluentes atmosféricos", comenta.

Ascom Sema

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