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Ciclo de palestras mostra tecnologias para tratamento de resíduos líquidos

Publicação:

<B>Intervenção cênica mostrou relação homemXTerra, partindo da água em estado sólido e limpo, chegando a um Homem que perde o controle de suas ações e agride o Planeta.</B>
<B>Nelci Bakof, Ana Cruzat, Fabio Rahmeier e Isabel Cristina (Esq. p/ dir.)</B>
O técnico e o lúdico deram as mãos para celebrar a XV Semana Interamericana e VIII Semana Estadual da Água no clico de palestras sobre tecnologias para tratamento de resíduos líquidos, promovido pelo Fórum Gaúcho de Produção Mais Limpa (FGPmaisL), vinculado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

A atividade ocorreu no Salão Talento Empreendedor do Tecnopuc-RS, na PUCRS,na quarta-feira (01), com três palestras sobre sistemas que tratam efluentes líquidos e resíduos agrícolas, uma intervenção cênica em que os atores Daniel Anillo e Leila Silveira mostraram a relação entre o homem e a terra, desde a sua concepção até à atualidade com as transformações sofridas pelo Planeta e, ainda, o momento do Café com Arte, com apresentação do violinista Augusto Corralo e canto de Rosa Centeno.

A Secretária Executiva do FGPmaisL, Ana Maria Cruzat, conduzindo o ciclo de palestras, afirmou que uma das tarefas do Fórum é divulgar informações a respeito de produção mais limpa e apoiar projetos específicos. "O Fórum Gaúcho de Produção mais Limpa é uma forma de agenciamento avançada, das mais eficazes dos Programas Pró-Sustentabilidade, onde se legitima a representatividade de diferentes setores de uma sociedade regional, para a condução participativa dos processos de mudança conjunta da cultura e das práticas desta sociedade, em direção a padrões progressivamente mais sustentáveis de sua existência", declarou Ana Cruzat.

A PhD em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, engenheira química Isabel Cristina Telles Silveira, técnica da Fepam, e o PhD Luis Miranda, professor da Unisinos, explicaram o funcionamento do contator rotatório biológico, utilizado para tratamento de efluentes líquidos industriais, residenciais e hospitalares. "É um sistema pouco divulgado no Brasil, mas pesquisas mostram resultados excelentes", afirmou Isabel Cristina. "Não necessita de adição de produtos químicos, apresenta reduzido consumo de energia, funciona automaticamente e tem baixo custo operacional", acrescentou. A engenheira química ainda disse que fica entre 80% e 90% o grau de redução da matéria orgânica dos efluentes tratados pelo contator biológico e a análise da água encaminhada para reuso, após filtração, apresenta ótimos resultados dentro dos padrões. Durante um ano o sistema foi testado com sucesso no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e já há condomínios no Estado que utilizam a tecnologia.

O diretor-presidente da Bakof, Nelci Afonso Bakof, falou sobre o funcionamento de sistemas de tratamento de esgoto em unidades compactas, compostas de reator anaeróbico e filtro anaeróbicos acoplados, cuja eficiência no combate à poluição pode chegar a uma redução da DBO do efluente do esgoto de até 95%. Podem ser projetados sistemas de acordo com o número de pessoas a ser atendidas, tanto em residências, como em condomínios e hospitais. Os resultados eficientes já foram comprovados por prefeituras e outras instituições que fazem uso desta técnica.

As vantagens das aplicações do ozônio foram explicadas pelo engenheiro elétrico Fábio Rahmeier, especialista em tratamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos e pesquisador do Tecnopuc-RS. No local, estava exposto o equipamento desenvolvido pelo OZ Inovação, que utiliza o ozônio para degradação da calda dos resíduos de agrotóxicos utilizados na pulverização de lavouras. Conforme Rahmeier, o Brasil é o primeiro país do mundo a tratar esses resíduos. "Cada pulverização resulta na sobra de 20 litros de calda, que não podem ser lançados diretamente no meio ambiente", disse. O tratamento dos resíduos de agrotóxicos possibilita ao setor se enquadrar em alguns termos de portaria editada em janeiro deste ano pelo Ministério da Agricultura para regulamentação do pátio da aviação agrícola.

Além das cerca de 100 pessoas presentes ao ciclo de palestras, prestigiaram a atividade o Diretor do Departamento de Recursos Hídricos da Sema, Paulo Renato Paim, e o Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental do RS (Abes/RS), Geraldo Portanova Leal.

ASSECOM SEMA
Texto: Jornalista Jussara Pelissoli (RMT 6108)
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