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Artigo: Aquecimento global e mudanças climáticas

Publicação:


CARLOS OTAVIANO BRENNER DE MORAES/ Secretário de Estado do Meio Ambiente

Superaquecimento global e as mudanças climáticas decorrentes são dois temas que venceram as barreiras dos círculos científicos e ganharam largo espaço na mídia nos últimos tempos.

O IPCC, organismo da ONU, publicou relatório no qual avalia que durante o século passado a temperatura média da superfície da Terra subiu de 0,4ºC a 0,8ºC. Com a autoridade de sua construção na consensual visão de 600 cientistas de 40 países, o documento aponta para um cenário sombrio: perdas de grandes áreas de gelo na superfície, aumento da temperatura e elevação do nível do mar, enchentes e o desaparecimento de áreas costeiras, furacões mais freqüentes e fortes em algumas áreas, secas e estiagens em outras; devastadoras alterações na flora e na fauna também são prognosticadas.

Em contraposição, respeitáveis segmentos do mundo científico negam que o aquecimento global seja uma realidade. Ou, ainda, discordam das conseqüências alardeadas, sustentando que a terra é resistente às mudanças climáticas, que as plantas e os animais irão adaptar-se, sendo improvável que algo catastrófico aconteça como conseqüência do aquecimento global.

Será, então, o aquecimento provocado pelo aumento dos gases do efeito estufa um perigo real e imediato? Quais os seus sinais mais contundentes? Há consenso científico a respeito da sua efetiva ocorrência e dos efeitos que possam produzir na vida em todas as suas formas de existência? Sendo um perigo real e imediato, essa "verdade inconveniente" pode ser enfrentada e a cada um de nós, de forma individualizada, no exercício dos deveres da cidadania, pode ser possível contribuir, eficazmente, no seu combate?

Para que tenhamos tão indispensáveis respostas e possamos percorrer os caminhos que nos conduzam à preservação do ambiente às presentes e futuras gerações, o governo criou o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas. Trata-se de um espaço permanente no qual Estado e sociedade, em conjunto (incluindo setores de energia, transportes, indústria, agricultura, irrigação, silvicultura, tratamento de resíduos, comunidade científica, entidades da sociedade civil), assumam posições e adotem medidas sobre tão importantes assuntos ao homem e à humanidade. Apesar de possuir uma economia dependente das condições climáticas, nosso Rio Grande não tem um sistema estruturado e integrado para o acompanhamento climatológico, e o Estado deve estar preparado para responder às modificações no ambiente que as alterações climáticas possam ocasionar.
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