Águas subterrâneas é alternativa barata e confiável
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O Seminário "Águas Subterrâneas: diagnóstico e desafios para
gestão", iniciou hoje (15/10) no Hotel Embaixador, em Porto Alegre, e
segue até amanhã (16/10), reunindo especialistas em hidrogeologia e
gestão de recursos hídricos dos Estados da Região Sul do país e de
São Paulo.
Cerca de 300 inscritos, entre técnicos da área e acadêmicos de
geologia e geografia, participam do evento que faz parte da
IX Semana Interamericana e II Semana Estadual da Água.
A tarde de hoje contou com a palestras do doutor em ciências
naturais e professor do Instituto de Geociências da Universidade de
São Paulo (USP), Aldo Rebouças; dos geólogos Lauro César Zanatta (da
CASAN) e Antonio Giardin (ABAS e UNISINOS) que trataram,
respectivamente, de potencialidades e perspectivas das águas
subterrâneas, tecnologias para gerenciamento de aquíferos e
prospecção de águas subterrâneas. Também foi palestrante o geólogo
Douglas Tranini (CPRM) que abordou o Mapeamento Hidrogeológico do Rio
Grande do Sul. Ainda ocorreu um debate sobre o Aquífero Guarani:
Diagnóstico e Perspectivas, com a participação do secretário geral do
projeto junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), Luiz Amore.
O hidrogeologista Aldo Rebouças, um dos maiores especialistas do
Brasil no assunto, destacou a importância da utilização de águas
subterrâneas, enfatizando o menor custo em relação às águas
superficiais e a alta qualidade desse recurso natural. "É mais barato
utilizar água subterrânea, pois pode ser consumida sem tratamento e
dispensa adutores, por exemplo, ao contrário das águas superficiais.
A qualidade das águas do subsolo é maior pela sua alta depuração, por
meio de processos físico e bioquímico, e no Brasil, especialmente,
esse fator é intenso devido ao clima quente e chuvoso", destacou
Rebouças. Conforme o especialista, no país seria três vezes mais
barato utilizar água subterrânea.
Rebouças ainda falou que 80% das cidades brasileiras com menos
de 20 mil habitantes têm capacidade para ser abastecidas por poços,
como principal fonte de captação. O Rio Grande do Sul é o estado que
mais explora a água subterrânea, atingindo, atualmente, 80% da
oferta. Porém, Aldo Rebouças alerta para a falta de legislação e
fiscalização para o regramento da utilização das águas subterrâneas,
pois a sua exploração necessita de responsabilidade técnica para
evitar que sejam abertos falsos poços - buracos como ele chama- que
podem comprometer a qualidade da água e da saúde de quem a
consome. "A água subterrânea é um bem dos Estados e os governos não
se qualificaram para tomar conta desse recurso como devem, mas já
estão se organizando ao perceber a sua vantagem econômica," declara
Rebouças.
Outra declaração contundente do hidrogeologista é com relação à
escassez. "Poderá faltar água tratada nas torneiras, pelo seu alto
custo na captação superficial, mas não acabará a oferta natural".
Portanto, a exploração das águas subterrâneas se apresenta como
alternativa barata e confiável pela sua qualidade.
gestão", iniciou hoje (15/10) no Hotel Embaixador, em Porto Alegre, e
segue até amanhã (16/10), reunindo especialistas em hidrogeologia e
gestão de recursos hídricos dos Estados da Região Sul do país e de
São Paulo.
Cerca de 300 inscritos, entre técnicos da área e acadêmicos de
geologia e geografia, participam do evento que faz parte da
IX Semana Interamericana e II Semana Estadual da Água.
A tarde de hoje contou com a palestras do doutor em ciências
naturais e professor do Instituto de Geociências da Universidade de
São Paulo (USP), Aldo Rebouças; dos geólogos Lauro César Zanatta (da
CASAN) e Antonio Giardin (ABAS e UNISINOS) que trataram,
respectivamente, de potencialidades e perspectivas das águas
subterrâneas, tecnologias para gerenciamento de aquíferos e
prospecção de águas subterrâneas. Também foi palestrante o geólogo
Douglas Tranini (CPRM) que abordou o Mapeamento Hidrogeológico do Rio
Grande do Sul. Ainda ocorreu um debate sobre o Aquífero Guarani:
Diagnóstico e Perspectivas, com a participação do secretário geral do
projeto junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), Luiz Amore.
O hidrogeologista Aldo Rebouças, um dos maiores especialistas do
Brasil no assunto, destacou a importância da utilização de águas
subterrâneas, enfatizando o menor custo em relação às águas
superficiais e a alta qualidade desse recurso natural. "É mais barato
utilizar água subterrânea, pois pode ser consumida sem tratamento e
dispensa adutores, por exemplo, ao contrário das águas superficiais.
A qualidade das águas do subsolo é maior pela sua alta depuração, por
meio de processos físico e bioquímico, e no Brasil, especialmente,
esse fator é intenso devido ao clima quente e chuvoso", destacou
Rebouças. Conforme o especialista, no país seria três vezes mais
barato utilizar água subterrânea.
Rebouças ainda falou que 80% das cidades brasileiras com menos
de 20 mil habitantes têm capacidade para ser abastecidas por poços,
como principal fonte de captação. O Rio Grande do Sul é o estado que
mais explora a água subterrânea, atingindo, atualmente, 80% da
oferta. Porém, Aldo Rebouças alerta para a falta de legislação e
fiscalização para o regramento da utilização das águas subterrâneas,
pois a sua exploração necessita de responsabilidade técnica para
evitar que sejam abertos falsos poços - buracos como ele chama- que
podem comprometer a qualidade da água e da saúde de quem a
consome. "A água subterrânea é um bem dos Estados e os governos não
se qualificaram para tomar conta desse recurso como devem, mas já
estão se organizando ao perceber a sua vantagem econômica," declara
Rebouças.
Outra declaração contundente do hidrogeologista é com relação à
escassez. "Poderá faltar água tratada nas torneiras, pelo seu alto
custo na captação superficial, mas não acabará a oferta natural".
Portanto, a exploração das águas subterrâneas se apresenta como
alternativa barata e confiável pela sua qualidade.