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Estado debate o uso sustentável do patrimônio mineral com foco na Transição Energética Justa

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1º Diálogo da Transição Energética Justa e do Aproveitamento do Patrimônio Mineral Gaúcho. - Foto: Ascom/Sema

A importância da Transição Energética Justa e da utilização responsável do patrimônio mineral do Estado foi tema de um evento realizado na manhã desta quinta-feira (18/4) no Instituto Caldeira, em Porto Alegre.  O encontro foi uma promoção do governo gaúcho, em parceria com a Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). 

Na abertura, o governador em exercício Gabriel Souza reforçou as iniciativas da gestão estadual para trabalhar o tema aliando sustentabilidade e desenvolvimento, como a elaboração do Plano Estadual de Transição Energética Justa do Rio Grande do Sul, um estudo inédito no Brasil, que representará importante entrega para o estado e para as futuras gerações.

“Estamos trabalhando em um plano que estabeleça as diretrizes para que tenhamos de fato uma transição energética, porém justa, que venha a garantir fornecimento de energia, assim como o uso das nossas reservas de riquezas naturais e, ao mesmo tempo, propiciar renda e emprego para os gaúchos”, declarou Souza.

Atualmente, tramita na Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) o processo de contratação da empresa que irá prestar o serviço de consultoria técnica para a elaboração do Plano.

“Reconhecer a importância de uma transição da matriz energética a partir de iniciativas que promovam a produção e o uso de energias renováveis, a manutenção e criação de empregos, garantirá que essa transição justa seja não apenas ambientalmente benéfica, mas socialmente justa e inclusiva”, disse a titular da Sema, Marjorie Kauffmann.

Segundo dados do Departamento de Mineração da Sema, o Rio Grande do Sul detém 89% das reservas nacionais de carvão mineral. A matéria prima está diretamente associada à geração de energia elétrica ou à indústria, mas também tem relevância em outras áreas, como a produção de fertilizantes, produtos farmacêuticos e solventes.

O primeiro painel, “Transição Energética Justa”, discutiu a necessidade de uma mudança para um modelo econômico de baixo carbono, avaliando o impacto na segurança energética e no desenvolvimento socioeconômico.  O segundo painel debateu os “Minerais Estratégicos e Tecnologias de Baixo Carbono”, ressaltando a relevância da sustentabilidade mineral para a transição energética, garantindo a segurança alimentar.

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"Diálogo e difusão do conhecimento são peças-chave para compreendermos o potencial da mineração gaúcha", Camardelli. - Foto: Ascom/Sema

“Essa difusão do conhecimento é papel do governo, das entidades, das associações em trabalhar um plano de comunicação, fazendo com que a sociedade perceba o potencial da nossa mineração. O diálogo é peça-chave para conseguirmos avançar nessa pauta”, concluiu o secretário adjunto da Sema, Marcelo Camardelli, um dos palestrantes do evento.

 Comprometido com acordos globais no atingimento de metas de neutralidade de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), o Rio Grande do Sul busca alternativas visando o desenvolvimento econômico em harmonia com a preservação ambiental. O governo gaúcho, por meio da Sema, lançou, em 2023, um conjunto de estratégias, no âmbito do programa Proclima2050, para o enfrentamento das mudanças climáticas, fundamentado em quatro pilares, entre eles, a Transição Enérgica Justa. 

Participaram dos painéis o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann; o presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Luiz Zancan; o vice-presidente da Federação as Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Ribeiro; o coordenador-geral de Mudanças Climáticas e Agropecuária Conservacionista (MAPA/Brasil), Adriano Santhiago; a superintendente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Lucy Takehara Chemale; e o deputado federal, José Carlos Aleluia.

Texto: Ascom/Sema

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