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As transformações estruturais do Bioma Pampa serão tema de debate

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bioma pampa
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A bióloga do Departamento de Biodiversidade da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) Luiza Chomenko será palestrante do evento Terças Ecológicas, realizado pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS).

Diante da proximidade da data em que se comemora o Dia do Bioma Pampa, 17 de dezembro, a especialista em gestão ambiental foi convidada para abordar o tema Bioma Pampa - transformações estruturais e a importância da preservação, em evento que acontecerá às 19h do dia 12 de dezembro no auditório 3 da Fabico/UFRGS.

Com o título Bioma Pampa – olhares sobre um ambiente em disputa, Luiza adianta que quando se avalia uma região com particularidades tão importantes como o Bioma Pampa é fundamental se ter em mente que ali habitam elementos bióticos amplamente diversificados e adaptados ao ambiente campestre, constituindo um complexo sistema de distintos ecossistemas claramente adaptados ao seu relevo, formando assim um mosaico de paisagem. “Há significativo número de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, inclusive em nível global. Além disto, para se ter uma objetiva análise de situação, é importante ter claro que é fundamental avaliar o Bioma sob enfoque sócio ambiental visto que sua dimensão cultural desempenha importante papel”.

A bióloga explica ainda que na atualidade percebe-se que embora os recursos naturais sejam constantemente utilizados como elementos de planejamento e estratégia de desenvolvimento, na maior parte das vezes não são considerados nem valorados economicamente de forma correta. A discussão sobre os serviços ambientais que os mesmos prestam, e inclusive a forma de percepção é dificultada pelos inúmeros atores envolvidos nas discussões, pelos interesses diversos e por pressões decorrentes de distintos enfoques dados aos temas que estejam sendo trabalhados. "Assim sendo, em se tratando de Pampa é fundamental ter-se em conta os vários serviços ambientais prestados pelos ambientes campestres".

Ela acrescenta que a perda e degradação de habitats bem como sua fragmentação são os maiores riscos à diversidade genética de populações nativas. “É fundamental que se destinem investimentos em ações de desenvolvimento de técnicas de manejo que propiciem a restauração de ambientes degradados ou que permitam a construção de conectividade entre locais isolados. A riqueza genética de uma nação é um marco referencial básico para sua própria sobrevivência e independência”, assegura, ao complementar que “a formulação de politicas e ações sejam elas, públicas ou privadas deve levar em conta formas de evitar ou mitigar perdas ambientais e em decorrência outras questões, como, por exemplo, culturais e sociais”, finaliza.

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