Energia limpa e renovável, que poderá trazer cerca de R$ 7 bilhões em investimentos para o Rio Grande do Sul, através das Pequenas Centrais Hidrelétricas, as PCHs.  O assunto foi tema de um encontro realizado na tarde desta segunda-feira (08/07), na sede do BRDE, no Centro de Porto Alegre, e que contou com a presença do secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, da presidente da FEPAM, Marjorie Kauffmann, e do secretário-adjunto de Minas e Energia, Hélvio Neves Guerra. “Empreendimentos hidrelétricos com capacidade mais baixa, é importante que sejam implantados e aqui é um dos potenciais que podem trazer investimento importante para o Estado, na ordem de R$ 7 bilhões, se esses empreendimentos puderem ser liberados do ponto de vista ambiental e hidrológico”, afirma Hélvio.

O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a receber a visita do Ministério de Minas e Energia, numa série de encontros que vai tratar sobre o assunto no Brasil. A intenção é trocar experiência e colocar em prática bons exemplos já implantados em outros Estados, além de padronizar processos para a liberação das licenças ambientais no setor e ampliar investimentos com essa fonte de energia. 

O país possui 425 PCHs em operação, segundo dados da Aneel. Destas, 50 ficam em território gaúcho, com potência instalada de 564 megawatts (MW).  Atualmente, 23 projetos de geração de energia através de fonte hídrica aguardam licença de instalação no Estado (14 CGHs, 8 PCHs e 1 UHE) e outros 30 esperam licença prévia (21 CGHs e 9 PCHs), com capacidade total de 309 MW.  Segundo a presidente da FEPAM, em dois anos e meio foram emitidas 14 licenças de instalação para este tipo de empreendimento (PCHs e CGHs), 57% só no primeiro semestre de 2019. Porém, apenas seis usinas estão em construção no Estado.

As Pequenas Centrais Hidrelétricas são empreendimentos com capacidade de geração de energia entre 5 MW e 30 MW. Além de produzir energia limpa e renovável, elas têm alto potencial para geração de emprego e de tributos para o município onde a usina está instalada. Quanto à preservação do meio ambiente, estudos já comprovaram o beneficiamento e recuperação da área utilizada.       

Vanessa Trindade