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Encerrada Conferência que debateu as mudanças climáticas

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O painel que tratou sobre a rede platina de monitoramento durante a Conferência Internacional Recursos Hídricos e RegionsAdapt - integração multi-institucional na adaptação às mudanças climáticas realizada pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) apresentou os esforços da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) na gestão e modernização da rede hidrometeorológica nacional, destacando a importância e complexidade deste tipo de monitoramento. O evento foi realizado nos dias 27 e 28 de junho.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) também apresentou a sua rede de estações e plataforma de consulta aos dados, destacando a importância da integração das redes de monitoramento e de radares meteorológicos na região platina. Foram apontados os entraves que dificultam este tipo de proposta sendo destacado que os obstáculos dizem respeito mais à gestão do que a dificuldades técnicas de integração.
Já no painel que abordou a Gestão de Recursos Hídricos & Adaptação às mudanças climáticas a professora da Universidad Nacional de Ingeniería, no Peru Ada Samaniego apresentou o contexto atual da gestão de recursos hídricos frente às mudanças climáticas naquele país, enquanto a secretária adjunta Maria Patrícia Mollmann apresentou, neste âmbito, os projetos e programas em desenvolvimento da Sema em relação à gestão estadual de Recursos Hídricos. Um dos destaques da fala da secretária adjunta foi a apresentação do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE-RS) que levou em consideração as projeções de alteração climática no seu desenvolvimento.
O bloco final do primeiro dia de debates se dedicou a apresentar a iniciativa Regions Adapt. Membros da iniciativa das regiões de: Missiones, Quebec, Rio Grande do Sul e País Basco apresentaram suas contribuições para a inciativa cujo objetivo é promover a interação entre governos sub-nacionais, alavancando a adaptação às mudanças climáticas. Foram apresentadas ferramentas de avaliação de risco, projetos de alerta precoce para bacias hidrográficas, e também iniciativas de convênios entre a gestão pública e a academia.
O painel “Construindo pontes: Contribuição da pesquisa científica para a adaptação às mudanças climáticas”, que contou com a presença de representantes das Universidades (FURG, UFRGS, Universidade Nacional de Engenharia do Peru e Universidade Nacional de Cordoba), esclareceu os muitos desafios na ponte entre o meio acadêmico e a gestão pública, mas também apontou caminhos para uma maior interação entre esses meios como: investimento em cursos de pós-graduação voltados à gestão, criação de uma revista para publicações de pesquisa aplicada latino-americana, aprimoramento do sistema de avaliação da Capes, investimento e maior foco em atividades de extensão, mudança da lógica corporativista integrando os diferentes campos da ciência, maior envolvimento da Academia nos mecanismos formais de participação como os painéis e conselhos de recursos hídricos e mudanças climáticas.
O técnico da Agência Nacional de Águas e membro do Comitê Executivo do 8º Fórum Mundial da água, Márcio Nóbrega apresentou a proposta temática para o evento a ser sediado em Brasília em março de 2018. O professor Carlos Tucci, mediador do painel, apresentou o contexto no qual se inserem as propostas do Fórum, destacando a magnitude deste evento e a sua característica de articulação política entres os diversos países e instituições envolvidas.
No bloco que tratou da gestão de risco de desastres, foi comentada a necessidade do estabelecimento de políticas que apoiem a gestão integrada, garantindo a articulação entre Defesa Civil e os demais órgãos envolvidos nas fases de: prevenção, mitigação, preparação, alerta e reconstrução. Os representantes das Defesas Civis do Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram os esforços empreendidos no sentido da redução de riscos e o representante do CENAD comentou sobre as ferramentas no âmbito federal que estão em fase de implementação neste órgão como a plataforma Google alerta e o envio de mensagens SMS de alerta de risco. O convidado do país Basco comentou sobre as vantagens da abordagem do conceito de risco como ferramenta de gestão.

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